18 de jan. de 2008

Antes de eu abrir um Cyber Café, estava eu acessando a internet no meu cybercafé preferido (uma franquia, sinônimo de controle de qualidade e atestado de maturidade), e do meu lado, um rapaz acessava com a maior naturalidade, os sites mais medonhos que você puder imaginar. De pedofilia a necrofilia, ví coisas de chocar até mesmo aquele anjo que se rebelou do paraíso. Saí tão indignado com a situaçào, que mandei um email para a administração do cyber, pedindo providências; em tempo: não sou evangélico nem careta, mas acredito que a educação moderna não tem conduzido a resultados positivos (os pais daquela jovem que arquitetou a morte dos pais para receber herança não me deixam mentir…).

Dias depois prcurando um Cybercafé, entrei num que nunca havia entrado antes. Desta vez fiquei feliz de ver que haviam cabines reservadas para acesso a maiores de 18 anos, a civlização chegou neste estabelecimento, pensei eu; mas como alegria de pobre dura igual a torcida da última copa, o Windows estava bloqueado, o acesso aos programas estava resumido e confinado numa barra lateral e para culminar, o micro travou e meus créditos foram pro espaço. O recepcionista, pessoa fechada e com cara de nerd colocou unilateralmente que “quando o tempo comprado acaba o micro SE DESLIGA SOZINHO POR SI SÓ” (sic). Não preciso nem dizer que nunca mais coloquei os pés ali, e me sinto tentado a contar para Deus e o mundo o endereço desse estabelecimento, que para o bem de nós civilizados, deve repensar suas politicas internas.
Acredito que quando um estabelecimento age desta forma está pensando mais no próprio umbigo do que no sorriso dos clientes. Não estou pregando que “o cliente tem sempre razão” mas vale relembrar aqui o conceito ergonômico (tecnológico?) de projeto (ou serviço) focado na tecnologia ou focado no usuário. Restringir o uso do computador a navegação na internet é restringir o conforto do usuário no uso do serviço. Isso é mais ou menos como abrir as portas do cinema e manter trancadas as portas do banheiro, desligar os bebedouros e proibir venda de pipoca, balas e refrigerantes a crianças. O cliente vai preferir assistir um DVD do que entrar num cinema desses. Isso vale para um serviço de acesso a internet.

Por isso resolvir abrir a Caravela Cyber Café, humilde mas faço de tudo e mais um pouco para o cliente se sentir a vontade e fazer o que quiser com o computador dentro da educação de um cidadão normal. Até porque a denominação Cyber+Café já pressupõe tecnologia com algum tipo de satisfação. Qualidade no serviço e bebida, com opção de escolher ou não o açúcar, embora falte um cafezinho ne. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs.